E O NATAL CHEGA E COM ELE O ESPIRITO DA CARIDADE

A quanto tempo não escrevo, parece que fazem anos. Só que vamos juntando os fatos do nosso dia dia e chega uma hora que não da mais para não por para fora. Um sentimento vai pegando desde da boca do estomago e notamos que está na hora de partilhar.
Aconteceu em um dia desses em que eu caminhando para pegar o ônibus para ir para casa me deparei que já estava próximo o Natal. Não pelas luzes, nem tão pouco com a linda ornamentação que Curitiba oferece, mais pelo espírito que as pessoas adquirem nessa época.
Uma moça grávida, sentada no chão, em frente a um Supermercado no centro de Curitiba me fez ver o verdadeiro elo que nos une a amizade.
Aquela moça pobre,descalça, moradora de rua, sem ter onde dormir podemos dizer que sem teto, usufrui da cobertura do ponto de taxi para se esconder da chuva. Com ela os dois amigos lindos cachorros que juntos formam um trio muito especial.
Eu aproveitei que não tinha guarda chuva e ali fiquei procurando não me molhar. Olhei aquela moça que carrega em seu ventre um ser de Deus, uma tilança, um anjo que já deve estar para chegar e pensei: Meu Deus que será que será dela? Pensei em ir ao Supermercado comprar algo assim que a chuva passasse mais o que aconteceu me calou. Uma criança de mais ou menos uns sete anos, veio na chuva correndo com um sorriso lindo e com as mãozinhas gordinhas e pequeninas que carregavam um pacotinho de pão parou em frente daquela moça sem destino e disse: "minha mamãe me deu e eu quero dar para você tia, é gostoso pode comer". E sem ao menos esperar resposta atirou-se no colo da moça deu um beijo em sua face e saiu correndo para baixo do guarda-chuva de sua mãe que com um sorriso nos lábios reverenciou aquela moça sem lar.
Quem me conhece sabe que minha emoção sempre está a flor da pele e não me contive quando vi que lágrimas rolaram e se misturarem com um sorriso lindo de alegria e gratidão de ter recebido aquele beijo carinhoso de um ser pequenino. A moça sem lar e como disse estava com dois amigos cachorros, ela dividiu o pão, olhou para o céu como agradecendo a Deus pelo alimento que ganhou. Não me contive, deixar que um soluço quebrasse o silêncio que pairava. Parecia que estava vivendo a Santa ceia. Desculpe-me se falo dessa forma, mais ela repartiu o pão com os únicos amigos que tem e agradeceu a Deus antes de partilhar com eles.
Acredito que Deus está presente todos os dias em nossas vidas, em todas as horas porem, naquele momento senti que uma semente foi plantada em mim. Lembrei que está perto do aniversário de Nosso Jesus. Geralmente nessa época começam a brotar sentimentos de partilha nos corações das pessoas que fazem com que Jesus fique feliz e orgulhoso de sermos seus filhos. Nota que seu sacrifício não foi em vão, ele morreu para nos salvar.....Mas essa partilha tem que ser continua.
Sabe família, naquela tarde eu fui para casa refletindo sobre a minha vida, como eu sou feliz e não valorizo. com toda dificuldade que passo e isso acontece nas melhores famílias, eu tenho um lugar aconchegante para dormir, eu tenho comida, amor de meus amigos e amigas. Eu falo de mim mais partilho com voces e convido a uma reflexão: Aquela moça sem lar nada tem, quando tem divide com os que a cuidam. Já notou que os únicos amigos que a cuidam são os cachorrinhos? Eu não vou continuar, vou deixar que voces reflita e peço a voces que reze uma Ave Maria pela moça sem lar.

que Nossa Senhora cubra a moça sem lar com seu Manto Sagrado protegendo e livrando de todos os perigos.
Tia Rita Arcega